Em 1990, a Columbia Records lançou a série Roots n' Blues Series com as gravações completas de Robert Johnson, uma caixa com dois CD's que vinha acompanhada de um livreto com histórias do Blues, letras e fotos raras. Esperava-se vender aproximadamente 20.000 copias. Inacreditavelmente vendeu-se aproximadamente 500.000 cópias, ganhando um disco de ouro em 1990. Também conquistou um Grammy Award, além de gerar uma nova fascinação com a música de Johnson e a sua contribuição para a guitarra de Blues, acelerando o lançamento diversos outros clássicos de Blues por dezenas de outras gravadoras. Se Robert Johnson nunca tivesse nascido, o Blues poderia ter sido a base para o inventá-lo. Toda a discografia de Johnson se resume a apenas 29 músicas; isto é infinitamente pouco quando o comparamos com gigantes do Blues como Muddy Waters, John Lee Hooker, Lightnin' Hopkins e muitos outros. Independente disto muitos estudiosos do Blues e críticos de música concordam que existe mais do que bastante evidências musicais disponíveis para proclamar Johnson como um gênio musical, haja visto que também as suas letras foram analisadas com mais abrangência do outros grandes compositores do Blues. De acordo com a lenda, Johnson obteve a sua grande perícia na guitarra vendendo a sua alma ao demônio.
Encruzilhada da rodovia 61 e 49 de Clarcksdale, Mississippi, local do pacto com o demônio |
O próprio Johnson escreveu músicas sobre o demônio e explorou em suas músicas a luta do bem contra o mal, fortificando mais ainda a lenda que além de Ter resistido a sua morte, aumenta a cada ano que passa. Não considerando esta explanação Faustiana, pouco sabemos como Johnson conquistou esta extraordinária perícia tanto como letrista ou guitarrista em tão pouco tempo! Ele certamente possuía as ferramentas corretas para forjar um usual estilo na guitarra de blues. Uma olhada cuidadosa na foto que aparece na capa da caixa que acompanha os seus CD`s revelam que o guitarrista tinha mãos extraordinariamente grandes. Alguns dos seus movimentos de acordes e seleção de notas que encantam as suas músicas são praticamente impossível de alguém de mão normais alcançar. Bom, esta particularidade não explica de onde vinha a sua inspiração. Possivelmente isto pode ter algum vestígio indireto e talvez possamos deduzir algo. O fato de Johnson fazer o uso de notas graves provavelmente é oriundo do fato de ele Ter escutado toda a primeira geração de pianistas de Boogie-Woogie. Ele certamente deve Ter aprendido sobre tonalidade e estrutura ouvindo Lonnie Johnson. E gigantes do Delta como Charley Patton, Willie Brown e Son House que evidentemente o aproximou da guitarra slide. Com todas as viagem e perambulações que Jonson realizou em sua curta vida, ele certamente captou idéias e ritmos melódicos de inúmeros bluesman que ele encontrava na estrada. Ainda o que fez toda esta influência transparecer foi a sua ardente paixão pelo Blues e como isto estava profundamente enraizado nele. Resumindo, são estas as coisas que faziam a sua guitarra ser verdadeiramente especial.
Alguns poucos historiadores acreditam que a influência da guitarra de Johnson foi um pouco exagerada. Porém seu estilo influenciou e continua influenciando o Blues moderno e o Rock'n Roll, além de nomes como: Muddy Waters, Elmore James, Johnny Shines, John Hammond, Eric Clapton e Keith Richards, apenas para citar alguns. B.B. King e T-Bone Walker, por exemplo, tem ao longo da história do Blues uma grande influência, no entanto Johnson permanece como uma fonte vital de inspiração para eles, que como sabemos elevaram o nível do Blues ao patamar mais espetacular possível. Poucos outros guitarristas são considerados tanto os dois citados anteriormente. Também podemos citar sem nenhuma dúvida que praticamente ninguém foi capaz de se igualar a Johnson e a sua não convencional talento na guitarra, exceto talvez Jimi Hendrix.
Johnson nasceu de um casamento ilegítimo em 1911, entre Julia Dodds e Noah Johnson. Quando ele tinha 4 anos, a sua mãe o enviou para o seu marido Charles Dodds, que estava residindo em Menphis e tinha um novo nome, Charles Spencer. Quando jovem, Johnson era conhecido como Robert Spencer e Robert Dodds, porém quando ele conheceu a real identidade de seu pai, ele assumiu o nome Johnson. Antes dele começar a aprender a tocar guitarra, que era praticamente observar o seu irmão mais velho Charles tocar ele aprendeu também a tocar harmônica. O seu aprendizado também incluía observar Son House, Charley Patton e Willie Brown tocar guitarra em festas e picnics no Delta. Pouco é sabido sobre a vida particular de Robert Johnson além de que em 1930 ele se casou e teve a sua esposa morta durante o parto e que a partir disto ele se decidiu a se tornar um bluesman de verdade.
Johnson nasceu de um casamento ilegítimo em 1911, entre Julia Dodds e Noah Johnson. Quando ele tinha 4 anos, a sua mãe o enviou para o seu marido Charles Dodds, que estava residindo em Menphis e tinha um novo nome, Charles Spencer. Quando jovem, Johnson era conhecido como Robert Spencer e Robert Dodds, porém quando ele conheceu a real identidade de seu pai, ele assumiu o nome Johnson. Antes dele começar a aprender a tocar guitarra, que era praticamente observar o seu irmão mais velho Charles tocar ele aprendeu também a tocar harmônica. O seu aprendizado também incluía observar Son House, Charley Patton e Willie Brown tocar guitarra em festas e picnics no Delta. Pouco é sabido sobre a vida particular de Robert Johnson além de que em 1930 ele se casou e teve a sua esposa morta durante o parto e que a partir disto ele se decidiu a se tornar um bluesman de verdade.
Ele se casa novamente em 1931, porém passa a maior parte do tempo perambulando no Delta. Em 1933 Johnson se encontra novamente com Son House e Willie Brown. E realmente se surpreenderam quando ouviram Johnson tocar guitarra! Em um espaço de tempo surpreendentemente curto Johnson se tornou um mestre da guitarra de Blues. Daí vem a lenda que ele tinha feito um pacto com o demônio. A sua reputação de guitarrista de Blues ia se espalhando por todo o delta e ele continuava a trabalhar como um bluesman itinerante, viajando para Menphis, Chicago, Detroit e Nova York. Embora em grande parte das suas viagens ele tocava sozinho, algumas vezes se encontrava com David "Honeyboy" Edwards e Robert Jr. Lockwood na estrada e de vez enquanto tocava com Johnny Shines.
Somente duas seções de gravação aconteceram dois anos antes da sua morte. A primeira seção ocorreu em Novembro de 1936 em um quarto de hotel em Santo Antônio, Texas. Durante os 3 dias de gravação ele gravou 16 faixas para a American Record Company; incluindo os clássicos conhecidos "I believe I'll dust my broom", "Sweet home Chicago", "Terraplane Blues", "Cross road Blues", "Come on in my kitchen" e "Walkin Blues.
Somente duas seções de gravação aconteceram dois anos antes da sua morte. A primeira seção ocorreu em Novembro de 1936 em um quarto de hotel em Santo Antônio, Texas. Durante os 3 dias de gravação ele gravou 16 faixas para a American Record Company; incluindo os clássicos conhecidos "I believe I'll dust my broom", "Sweet home Chicago", "Terraplane Blues", "Cross road Blues", "Come on in my kitchen" e "Walkin Blues.
A Segunda seção de gravação foi realizada em Junho de 1937 em um depósito em Dallas e mais alguns clássicos foram gravados como: "Traveling riverside Blues", "Love in vain", "Hell hound on my trail", e "Me and the devil Blues". Depois disto Johnson continuou a perambular pelo Delta parando em Grewwood, Mississipi, onde foi envenenado com estriquinina, misturada com Whiskey, depois de flertar com uma mulher que era esposa do dono de um joke joint local. Após 3 dias, Robert Johnson morre em intensa agonia, sem ninguém para socorrê-lo.
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